2016-01-08

O futuro em nossas mãos




Mais um dia de sol escaldante, pego minha cesta, minha bicicleta e saio por entre os campos verdes, onde os pássaros cantam sua sinfonia, árvores dão seus frutos, para que macacos possam alimentar seus filhotes, quatis, capivaras convivem em harmonia.

Quando de repente um barulho intenso, substitui o canto dos pássaros, o aroma de terra molhada do lugar a cheiro de fumaça, as árvores viram carvão,  os pássaros que antes cantavam alegres, agora vivem tristes em suas gaiolas,  e os macacos que só conheciam as diferentes árvores, agora ganham o mundo através do contrabando, eu olho para mim e a bicicleta virou um carro que libera uma fumaça que inebria a visão,  a cesta do piquenique se transformou numa cerra elétrica para cortar árvores.


Quando novamente um barulho me acorda e dessa vez é uma música suave, abro os olhos assustada e vejo que tudo não passou de um sonho, olho para o relógio e vejo que estou atrasada, vou para o banho e me recordo do racionamento de água, então cancelo o banho, coloco meu casaco quente, e saio pelas ruas gélidas de Paris a caminho da conferência do clima.

É o último suspiro do planeta que busca muito mais que sua própria salvação, busca a salvação de cada de um nós.

Contudo o ser humano é um bicho muito mais irracional do que se pode imaginar, ao invés de conservar, destrói, no lugar da limpeza ele suja mais, prefere muitas vezes pagar com a sua vida, do gastar o dinheiro que ele não levará pagando o preço com sua própria vida.


E então depois de tantas discussões, e oposição, enfim um consenso, mais um tratado são acertados, dentro de mim a pergunta continua a mesma, será que esse vai ser apenas mais um acordo que ficará no papel, e então rapidamente me lembra do sonho e em silêncio faço uma pequena prece, para que apenas dessa vez eu esteja errada.






By: JessOliveira

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