2016-01-19

O avanço dos tempos


 Algumas vezes já me deparei com a expressão "o último dos românticos", porém não me detenho muito a isso, ultimamente estou preocupada com o surgimento de uma outra expressão "o último dos fieis". O que na verdade me leva a procurar a interpretação correta para a primeira expressão citada, afinal esse "último romântico" será também o "último fiel"? Ou o último romântico é aquele realmente romântico, que faz declarações, compra flores, abre a porta do carro, etc.? 


 Não tenho certeza da resposta dessa interrogação, mas o avanço dos tempos me apavora, a fidelidade parece ter ficado pelo caminho... Ser fiel hoje em dia está ligado a ser careta, o que era inadmissível tempos atrás parece ser normal hoje. Percebo a infidelidade entre todas as faixas etárias, parece-me que não há mais respeito nas relações conjugais. Ir para uma festa e "ficar" com muitas pessoas hoje é absolutamente normal, pelo menos para o grande público. As relações não são mais construídas baseadas no amor, respeito, companheirismo; mas sim em uma mera atração física e às vezes nem isso. 


 Devo ser uma "romântica boba" pela visão de outros, porém não consigo aceitar essas relações atuais como algo normal. Sinto uma falta de ética para com o outro a infidelidade. O que mais me assusta é a aceitação da infidelidade, parece que acham ideal que ela ocorra e até se sentem ofendidos se isso não acontece. O que me pergunto é onde eu vim parar? Nasci na época errada, é isso? Se me considerarem careta após lerem esse texto, irei me sentir honrada, pois se ser moderna é isso tudo, prefiro ser careta. 


 Com carinho da última romântica fiel


Jesse Lopes

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